Explorar a rede de aplicativos
Objetivos de aprendizagem
Após concluir esta unidade, você estará apto a:
- Explicar os desafios da integração.
- Explicar o que é uma rede de aplicativos.
- Explicar como a conectividade liderada por API é incorporada a uma rede de aplicativos.
- Identificar as melhores práticas de implementação da conectividade liderada por API com uma arquitetura de API de várias camadas.
Por que a integração é tão desafiadora?
A Quarta Revolução Industrial chegou. A conectividade entre pessoas, aplicativos, dados e a Internet das coisas (loT) é a base. Como consumidores conectados, somos diariamente bombardeados com novas tecnologias que transformam nossa maneira de viver.
Por isso estamos acostumados a sistemas e funções poderosos. A expectativa é que elas trabalhem perfeitamente em conjunto. Além disso, esperamos que as empresas ofereçam essas funcionalidades cada vez mais depressa.
Para que nossas organizações ocupem um lugar de liderança na nova economia digital, devemos nos tornar Trailblazers da integração. Muitas vezes encontrados bem fundo nos escalões de uma organização, um Trailblazer da integração é um defensor e evangelista da conectividade liderada por API. Alguém que entende o potencial das APIs para revolucionar processos comerciais internos e experiências dos clientes. Em muitos casos, o Trailblazer da integração criará seus próprios novos processos comerciais e experiências do cliente com a ajuda de ferramentas de integração cidadã que usam cliques em vez de código para criar tais integrações.
Isso é especialmente verdadeiro na atualidade, se pensarmos na forma como um grande número de ferramentas são apresentadas a empresas para atender às expectativas de seus clientes. Vamos usar o marketing como exemplo. Veja algumas empresas especializadas na otimização para mecanismos de busca (SEO).
Lembre-se de que essas empresas são hiperespecializadas. Elas oferecem serviços que se concentram apenas em um domínio: SEO. Na verdade, isso está três níveis abaixo da tecnologia de marketing como um todo. Primeiro vem a tecnologia de marketing, em seguida, conteúdo e experiência e, finalmente, a SEO. Se voltarmos ao nível mais alto, descobrimos que, no total, há mais de 8.000 empresas especializadas em tecnologias de marketing como um todo a partir de 2020.
Isso é muita tecnologia apenas para marketing! Existem milhares dessas ofertas hiperespecializadas em Vendas, Serviço, IoT e assim por diante. Todas essas opções podem criar problemas para empresas estabelecidas que precisam repensar a forma como oferecem seus serviços aos clientes. Veja o motivo.
- As empresas desejam inserir novas tecnologias em seus negócios o mais rápido possível.
- Para ter uma visão em 360 graus de seus clientes e melhorar suas experiências, as novas tecnologias devem ser facilmente integradas aos sistemas existentes.
Mas, para que a integração seja rápida, os desenvolvedores costumam configurar conexões ponto a ponto onde cada sistema é conectado a todos os demais sistemas por meio de uma grande quantidade de código personalizado.
Como não há um defensor interno para a conectividade liderada por API, a arquitetura geral dessas integrações acaba por receber pouca atenção. Assim que a nova tecnologia é introduzida, mais integrações ponto a ponto são criadas e mais complexidade é adicionada.
Adicione complexidade desnecessária e perca agilidade
Para muitas empresas, esse padrão pode durar anos, talvez décadas, até que haja um grande emaranhado no centro do negócio. As conexões ponto a ponto envolvem muito código personalizado e criam sistemas fortemente acoplados. Sistemas fortemente acoplados vêm com dependências e pequenas alterações nas integrações exigem regravações completas de código.
Com o passar do tempo, fica cada vez mais difícil manter e melhorar o sistema. Como resultado, o negócio perde a agilidade necessária para responder às mudanças repentinas em seu setor e no mundo, de startups disruptivas a pandemias globais, e às expectativas dos clientes em constante mudança.
As empresas podem retomar a agilidade desfazendo o emaranhado de integrações. Elas podem incorporar novas tecnologias hiperespecializadas e fazer alterações rápidas nos processos comerciais e experiências de cliente existentes. É aqui que entra o MuleSoft.
Conectividade liderada por API para salvar o dia
A conectividade liderada por API é uma forma metódica de conectar aplicativos, dados e dispositivos por meio de APIs. Quando a organização inteira adota uma cultura de conectividade liderada por API, os desenvolvedores, integradores cidadãos e arquitetos do sistema têm o poder de apresentar aplicativos e projetos que evitam integrações ponto a ponto fortemente acopladas em prol de:
- Contratos claros entre sistemas
- Reutilização
- Descoberta
- Visibilidade e segurança
- Disponibilidade e resiliência
Eles criam a base de uma rede de aplicativos - uma estrutura perfeita de aplicativos, dados e dispositivos. As empresas com redes de aplicativos dependem de repositórios plug-and-play de ativos fornecidos interna e externamente que podem ser usados com agilidade.
São muitos termos para acompanhar! Veja uma tabela útil para ajudar você a manter alguns conceitos principais diretos e prioritários.
|
Conectividade liderada por API |
Uma maneira metódica de conectar aplicativos, dados e dispositivos por meio de APIs reutilizáveis e objetivas; o oposto da integração ponto a ponto. |
|
Rede de aplicativos |
Uma rede de aplicativos, dados e dispositivos conectados por APIs reutilizáveis criadas com os princípios da conectividade liderada por API. |
|
Anypoint Platform |
A plataforma do MuleSoft que oferece várias ferramentas para projetar, criar, implantar e operar uma rede de aplicativos. |
|
Trailblazer da integração |
Uma pessoa nos escalões da empresa que defende a ideia da conectividade liderada por API como uma oportunidade para revolucionar a forma como o negócio é feito (e ocupar uma posição de liderança na nova economia digital). |
| Integradores cidadãos | Normalmente um gerente de linha de negócios, administrador do Salesforce ou outro usuário não técnico que tenha a ajuda de ferramentas de integração cidadã intuitivas, como o MuleSoft Composer, para criar novas integrações inovadoras e experiências do cliente com cliques em vez de código. |
Portanto, o que significa tudo isso realmente?
À medida que as empresas começam a repensar sua própria TI em termos de redes de aplicativos lideradas por API, o MuleSoft recomenda a criação e organização de APIs em três grandes categorias.
- APIs do sistema
- APIs do processo
- APIs de experiência
Pense nesses três níveis de APIs como uma arquitetura de exemplo para implementar a conectividade liderada por API onde cada camada atende um objetivo específico.
As APIs do sistema lidam com as minúcias da conexão com os sistemas (pense nos bancos de dados) de modo que os usuários fiquem isolados de todas as alterações.
As APIs do processo moldam dados nas APIs do sistema com a intenção de modelar necessidades e processos de negócios para dividir silos de tecnologia e tornar os dados mais consumíveis.
As APIs de experiência reconfiguram esses dados para que eles sejam mais facilmente consumidos pelo público desejado por meio de aplicativos e dispositivos. As APIs nesse nível são criadas tendo a reutilização em mente, sem depender dos sistemas de origem dos quais esses dados se originam.
A MuleSoft AnyPoint Platform oferece um conjunto de ferramentas para criar e gerenciar essas APIs projetadas para desbloquear dados em vários sistemas. Ela também oferece ferramentas voltadas para desenvolvedores e cidadãos, como o MuleSoft Studio e o MuleSoft Composer, para compor dados em processos ou oferecer uma experiência unificada que abrange vários sistemas. Em vez de serem fortemente acoplados, essas APIs são componentes frouxamente acoplados que podem ser reutilizados para conectar sistemas diferentes. Seguindo o exemplo da Ford que agora terceiriza 99% das peças que compõem seus carros e caminhões, não se esqueça de reconsiderar se faz mais sentido terceirizar determinados recursos internos para ofertas de terceiros por meio da economia da API.
