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Conhecer as noções básicas de narração de histórias

Objetivos de aprendizagem

Após concluir esta unidade, você estará apto a:

  • Resumir por que a narração de histórias é valiosa para líderes de pessoas.
  • Descrever os três tipos de histórias e seus usos.
  • Identificar as cinco partes de um arco de história básico.

Trocar histórias é valioso

Em 2009, um homem chamado Todd Bol criou uma “bibliotequinha gratuita” do lado de fora de sua casa. Era uma homenagem à sua mãe que tinha sido professora. A ideia era que as pessoas pudessem vir e pegar ou doar um livro à vontade.

Pessoas usando a bibliotequinha

Trocar histórias com sua equipe pode ser como a bibliotequinha, em que há uma dinâmica de dar e receber e todos compartilham. Essa dinâmica é bastante valiosa para você como líder de pessoas porque permite:

  • Interagir com seus subordinados e outros colegas.
  • Inspirar sua equipe a fazer o melhor trabalho possível.
  • Gerar credibilidade e empatia com seus subordinados.
  • Apresentar suas ideias de maneira criativa, cativante e adequada.

Mas antes de começar a contar suas próprias histórias, você precisará fazer uma coisa: ouvir. Isso mesmo! Ao ouvir primeiro as histórias dos membros da sua equipe, você encontrará detalhes essenciais sobre quem eles são, o que os motiva e o que interessa a eles. Com essas informações, você saberá quais das suas próprias histórias vão engajar e inspirar mais os membros da sua equipe e quais oportunidades de carreira podem ser uma boa opção.  

Escolher um tipo de história

Se você ouviu bem os membros da sua equipe, já deve ter uma ideia de quais histórias serão mais relevantes. Mas se estiver procurando mais inspiração, veja três tipos de histórias que você pode contar à sua equipe:

  • Vida real: histórias que detalham suas experiências pessoais e profissionais
  • Inspiradoras: histórias que motivam, orientam e aumentam o moral
  • Informativas: Histórias que comunicam informações sobre o negócio
Observação

Esses tipos de história não necessariamente se excluem. Por exemplo, uma história da vida real pode ser inspiradora e informativa e vice-versa.

Veja os detalhes. 

Contar uma história da vida real

Contar uma história da vida real pode ser tão simples quanto compartilhar informações sobre sua vida. Quando você conta histórias, sejam pessoais, sejam profissionais, consegue se conectar e gerar empatia com sua equipe. E, mais importante: você mostra a eles que não é problema eles contarem também.

Veja o que fazer e não fazer na hora de contar histórias da vida real.

Faça... Não faça...

Quebrar o gelo com conversa fiada.

Começar logo com os assuntos sérios.

Falar sobre os pontos altos da sua carreira, passos em falso e aspirações. 

Manter sua jornada de carreira em segredo.

Mostrar vulnerabilidade e honestidade. 

Manter uma fachada de perfeição.

Reclamar na hora certa.

Despejar suas preocupações com o negócio ou com o desempenho de outros membros da equipe.  

Celebrar as boas coisas acontecendo no trabalho.

Fofocar.

Contar uma história inspiradora

Como você é líder de pessoas, seus subordinados vão esperar que você...bem...lidere. Eles vão procurar você para pedir conselhos de carreira, apoio em um projeto ou uma conversinha quando o moral estiver baixo. É aqui que as histórias inspiradoras são úteis. 

Contar esse tipo de história, sobre como você ou alguém venceu obstáculos profissionais (ou até pessoais), ajuda sua equipe a focar no que é importante e a se motivar quando as dificuldades aparecem. Lembre-se que, para uma história inspiradora fazer efeito, ela precisa de 3 ingredientes:

  • Gerar identificação
  • Ser instigante
  • Poder ser recontada

Contar uma história informativa

Histórias informativas comunicam fatos sobre o negócio e costumam incluir uma chamada à ação. Elas contextualizam as informações para que todos na equipe saibam o que é exigido deles, entendam a urgência da tarefa e vejam como os fatos se encaixam no contexto geral do negócio.

Esses tipos de história costumam ser contados em:

  • Inícios de projeto
  • Atualizações de status
  • Notícias da equipe
  • Apresentações
  • Feedback
  • Conversas no Slack

Diferentemente dos outros dois tipos de histórias, as histórias informativas exigem mais trabalho de você para colocar os fatos e os itens da pauta na estrutura. Analisaremos isso com mais detalhes mais tarde neste módulo. 

Você deve estar pensando: “Tá. Tenho muitas histórias ótimas para contar à equipe...mas não tenho muita certeza de como começar”. Sabemos como é. É por isso que ajuda...

Começar a história com um arco

Um arco de história é uma estrutura que ajuda você a levar seu ouvinte pelos eventos da história do início ao fim.

Um arco de história tem cinco partes:

  • Exposição
  • Aumento da ação
  • Clímax
  • Queda da ação
  • Resolução

Um arco da história, incluindo exposição, aumento da ação, clímax, queda da ação e resolução

Nesta tabela, explicamos e damos um exemplo de cada parte do arco.

O que é O que faz Exemplo

Exposição

Dá o contexto dos personagens, a ambientação (hora e lugar) e outros eventos ou circunstâncias na história

A sala de conferências estava quente e abafada. O cheiro era uma mistura de tinta que acabou de secar, roupa que acabou de lavar e restos de entrega do iFood. Não tinha janela nem quadros; apenas uma tela enorme para apresentações, um palco e uma sala cheia de gente.

Aumento da ação

Apresenta uma série de eventos que avançam a narrativa enquanto desenvolvem o conflito e aumentam a tensão da história

Eu tentava em vão falar com minha gerente, que ia fazer a apresentação. Eu conhecia a apresentação, mas nunca falei para um público antes. Esperei. Continuei esperando. Liguei. Eu estava preocupado...e se ela não chegasse?

O tempo tava passando. Continuei ligando. Sem resposta. A apresentação ia começar em dois minutos. Meu coração acelerou. O organizador do evento me perguntou:

“O que você quer fazer?”

Clímax

Traz a virada dramática da narrativa quando toda a tensão da história chega a um ponto incontornável e o conflito é resolvido 

“Vou fazer a apresentação”, respondi.

Bebi um copo d’água e subi ao palco. Meu coração estava na boca. A luz dos holofotes era tão forte que eu não conseguia ver o público.

Queda da ação

Detalha os eventos que reduzem a tensão definida anteriormente e leva a história até a conclusão 

Fiz o melhor que pude. Tentei lembrar os tópicos, mas foi desesperador. Eu lia pedaços inteiros dos cartões da apresentação. Minha voz estava trêmula. Mas eu consegui. 

Resolução

Revela como os eventos da história mudaram para sempre o protagonista e conclui as pontas soltas na ação ou no tema

Aprendi mais sobre apresentação nesses 30 minutos do que em meses vendo minha gerente apresentar o mesmo discurso.

Quando você usa um arco de história, ajuda seu público a navegar a narrativa e a se manter engajado e interessado (e talvez até um pouco entretido). 

Você já tem algumas ferramentas de narração de histórias. Agora é hora de se aprofundar no que talvez seja o tipo mais influente de história: a história inspiradora. Você verá isso na próxima unidade; continue lendo. 

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