Entender o impacto do marketing inclusivo
Objetivos de aprendizagem
Após concluir esta unidade, você estará apto a:
- Definir marketing inclusivo.
- Explicar como alcançar novos públicos e criar uma relação de confiança com o cliente.
Introdução
Entramos na Quarta Revolução Industrial, período em que as tecnologias emergentes estão mudando tudo na forma como trabalhamos e vivemos. As empresas estão tendo que lidar não só com as novas tecnologias, mas também com uma sociedade, expectativas e responsabilidades em evolução. Muitas pessoas acreditam que as empresas têm a responsabilidade de trazer todo mundo para a nova era. Na Salesforce, acreditamos que nosso propósito maior é incentivar a Igualdade para todos. Sabemos que isso não só é a coisa certa a fazer, mas também a mais inteligente.
Reconhecemos que estamos atendendo não só a nossos acionistas, mas também às nossas partes interessadas, que incluem nossos clientes, funcionários e comunidade. Uma parte essencial de como nos conectamos com o mundo é por meio de nossas práticas comerciais, inclusive no marketing.
Neste módulo, pesquisamos a importância do marketing inclusivo: o que é, como ele pode afetar sua marca e a sociedade e seis princípios para orientá-lo na elaboração de novo conteúdo. Vamos começar!
Como entender o marketing inclusivo
Definimos marketing inclusivo como criação de conteúdo que realmente reflita a diversidade de comunidades atendidas por nossas empresas. Isso significa que estamos elevando várias vozes e exemplos, diminuindo o preconceito cultural e gerando mudanças sociais positivas por meio de conteúdo ponderado e respeitoso.
Nossa responsabilidade, como profissionais de marketing, é transmitir as mensagens de nossas marcas de uma maneira que as pessoas de todos os tipos se identifiquem com elas, independentemente de raça, etnia, identidade de gênero, idade, religião, capacidade, orientação sexual ou outros fatores.
Além da diversidade, o marketing realmente inclusivo pode dar visibilidade às histórias e às vozes de pessoas que sempre foram marginalizadas ou pouco representadas, estreitar os laços com os clientes e até influenciar mudanças sociais positivas. O marketing pode ter um impacto enorme na sociedade, desde a nossa definição de beleza até qual deve ser a aparência de um cientista ou como um atleta deve ser. E se começássemos a ver imagens mais inclusivas à nossa volta? Por exemplo, poderíamos começar repensando...
...como deve ser alguém no cargo de CEO:
...como o amor deve ser:
...como um atleta deve ser:
...como a beleza deve ser:
Crédito da imagem: Georges Biard, Winnie Harlow Cannes 2018, CC BY-SA 4.0
...como engenheiros devem ser:
Esse é o poder do marketing inclusivo: podemos fazer mudanças reais e inspirar a nova geração desmontando estereótipos e honrando a diversidade em nosso planeta.
Por que o marketing inclusivo é importante
1. Os clientes querem se ver representados.
Os clientes querem se ver refletidos nas marcas com as quais interagem. De fato, 52% dos consumidores podem vir a trocar de marca se a mensagem da empresa não for personalizada ou não os incluir, de acordo com o State of Marketing Report da Salesforce. No entanto, o marketing de hoje em dia muitas vezes sofre com a falta de representação e a perpetuação de estereótipos. Por exemplo, um estudo recente apontou que somente 37% das pessoas que aparecem nos anúncios são mulheres e que 85% das mulheres disseram que os anúncios não representam como elas são de verdade.
Seus valores e a mudança de expectativas em relação ao posicionamento das empresas fazem parte dessa vontade de se verem refletidas. No relatório de pesquisa Salesforce Ethical Leadership and Business, que pesquisou mais de 2.400 consumidores, descobrimos que 90% deles dizem que as empresas têm a responsabilidade de melhorar a situação mundial. Os consumidores também querem que as empresas deem um passo à frente e 87% deles acham que as empresas deveriam defender os direitos humanos.
E quando as empresas se posicionam em relação a uma causa, existe um impacto consistente na lealdade. Por exemplo, a Google descobriu que 70% dos afrodescendentes da geração do milênio têm maior propensão a comprar de uma marca que tome uma posição em relação às questões raciais.
2. Alcançar novos públicos.
Com uma população de quase 24% de não brancos e quase 51% de mulheres nos Estados Unidos, os profissionais de marketing nesse país perdem uma grande oportunidade de mercado por não incluírem essas comunidades em sua publicidade. E com China e Índia representando 2,8 bilhões da população mundial, e mais daqui a alguns anos, o marketing inclusivo nunca foi tão relevante.
Isso também deve ser levado em conta ao criar publicidade para a geração do milênio. De acordo com um relatório da Nielsen, “Com 43% dos 75 milhões de pessoas da Geração Y nos Estados Unidos se identificando como afro-americanos, latinos ou asiáticos, se uma marca não tiver uma estratégia multicultural, ela não terá uma estratégia de crescimento”.
3. Atrair a força de trabalho da nova geração.
A força de trabalho do futuro será cada vez mais diversa e terá expectativas cada vez maiores das empresas para as quais trabalham. As empresas que não refletirem essas mudanças perderão o acesso a um grande grupo de talentos e a oportunidade de criarem vínculos sólidos com sua base de clientes diversa de forma autêntica.
Sem um foco nítido em Igualdade e inclusão, as empresas correm o risco de parecerem fora da realidade, não engajadas, distantes ou até ofensivas. Por outro lado, quando as empresas fazem isso direito, elas geram lealdade à marca, estreitam os laços com seu público, são procuradas por todas as populações como lugar de trabalho e lideram seus setores.
Na próxima unidade, veremos como apresentar o marketing inclusivo a sua empresa.
Recursos
- Geena Davis Institute on Gender in Media
- Google Connect Black Consumer Survey 2017
- Harvard Business School Study: Collaborating Across Cultures
- Pew Research Center: “Post Millennial” Demographics
- Salesforce Study: The Impact of Equality and Values Driven Business
- Blog: Liderança ética e negócios na 4ª Revolução industrial: Nova pesquisa de consumo