Conecte-se com experiências de vida e com comunidades
Objetivos de aprendizagem
Após concluir esta unidade, você estará apto a:
- Descrever a importância da experiência vivida no quesito dados.
- Saber que os dados não são neutros e entender como mitigar o preconceito.
- Explicar maneiras de engajar as comunidades na pesquisa de dados para melhorar os resultados.
Nem todo mundo tem a mesma experiência de vida. Nossas características individuais, como etnia, gênero, neurodiversidade e idade, impactam profundamente a forma como nossas pesquisas e visualizações de dados tomam forma. Embora nossas diferenças nos tornem únicos, essas mesmas diferenças têm um impacto poderoso na forma como vemos o mundo.
Fazer bons dados significa que você precisa considerar experiências vividas, liderar com empatia e imparcialidade, refletir as experiências vividas das pessoas contidas nos seus dados e se conectar com as pessoas que são o foco da pesquisa.
Você também precisa construir relacionamentos com as pessoas e comunidades que está pesquisando, considerar o que pode estar faltando em seu trabalho e procurar pessoas que possam ajudá-lo a contar uma narrativa mais completa. Os criadores de narrativas baseadas em dados devem sempre fazer pesquisas e análises junto às comunidades, não em nome delas.
Os dados não são neutros. Seja cauteloso.
O racismo estrutural, a discriminação histórica, outras barreiras e desigualdades e os mecanismos pelos quais eles podem operar podem e devem ser incluídos ao enquadramento da sua pesquisa e às visualizações de dados que você cria. Você não pode confiar que os dados e visualizações falam por si só: Os dados não são neutros ou objetivos, e as visualizações de dados também não são neutras.
Sem um ponto de vista que englobe a diversidade, a igualdade e a inclusão, as visualizações de dados tendem a expressar o ponto de vista do grupo dominante na sociedade e talvez mascarem involuntariamente uma série de questões que ocorrem nos bastidores. Ao contextualizar, você deve ter diversas referências e citações, principalmente de estudiosos de cor ou estudiosos que são membros da comunidade enfocada. Você deve dar voz a essas comunidades e destacar a experiência vivida sempre que possível.
Cave fundo
Em vez de fugir dos detalhes e do contexto necessário, reconhecer a complexidade inerente de muitas questões sociais oferece uma reflexão mais precisa sobre o tópico e promove uma melhor compreensão. Com essas informações, os visualizadores conseguirão chegar às conclusões corretas.
Os visualizadores também se sentem mais conectados e engajados quando as visualizações são robustas e diferenciadas. Incorporar informações qualitativas, expressar subjetividade e reconhecer a incerteza oferece uma experiência mais valiosa para o visualizador. Visualizações de dados densas e personalizadas, apresentando várias camadas de informações, podem incentivar uma leitura mais cuidadosa, uma melhor conexão pessoal e um entendimento mais profundo, pelo fato de os leitores receberem vários caminhos para explorar os dados. Você pode ser claro e informativo sem simplificar demais.
Todos os dados precisam ser visualizados? Nem sempre. Às vezes, um simples conjunto de números pode ser mais eficaz do que um gráfico. Em alguns casos, um gráfico é a escolha errada para expressar a complexidade ou o preconceito inerente aos dados ou recursos visuais. Lembre-se também de que criadores de narrativas podem achar que as tabelas e gráficos tradicionais não são tão eficazes quanto a mídia narrativa tradicional das fotografias ou dos vídeos.
Crie conexões humanas
À medida que você expande suas ferramentas e sua consciência, você vai precisar incorporar métodos de pesquisa qualitativa que reflitam experiências vividas. Combine o método com as pessoas com quem você trabalha e verá que os resultados melhoram drasticamente, especialmente porque as reações das pessoas às visualizações de dados geralmente são motivadas ou enquadradas por sua experiência pessoal (como onde moram ou trabalham, seu nível educacional ou sua identidade política).
Não estamos sugerindo que buscar uma pesquisa qualitativa seja tão simples quanto conduzir algumas entrevistas. Quando pesquisadores qualitativos e quantitativos colaboram, pode surgir uma narrativa mais poderosa que inclua uma parcela maior da população.
Considerações finais
Como comunicador de dados, você tem a oportunidade única de moldar narrativas importantes na sociedade e na cultura. Ao adotar os princípios do Não prejudicar na narrativa baseada em dados, você está contribuindo para um futuro mais brilhante e mais igualitário. Visite o Hub de igualdade de dados do Tableau para saber mais com os principais especialistas na interseção dos dados e das questões de igualdade.
Recursos
- Vídeo: Guia do Não prejudicar
- Transcrição do vídeo: Guia do Não prejudicar
- PDF: Diversidade, igualdade e inclusão na visualização de dados: Recomendações gerais
- PDF: Checklist da igualdade racial na visualização de dados
- PDF: Guia do Não prejudicar